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Brincar permite o desenvolvimento físico e psicossocial das crianças, pelo que os brinquedos são importantes ferramentas de aprendizagem.
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As crianças não necessitam de muitos brinquedos. O uso de vários brinquedos em simultâneo, nomeadamente nas idades mais precoces, pode ser hiperestimulante e não fomenta o jogo simbólico.
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Os brinquedos não precisam de ser complexos e dispendiosos. Não substituem o carinho e a atenção dos pais, mas permitem a aproximação entre as crianças e os seus cuidadores.
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Não existem brinquedos ideais mas brinquedos que se adequam mais ou menos a cada faixa etárias e aos gostos individuais de cada um.
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As tarefas diárias podem ser transformadas em oportunidades lúdicas.
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Não substitua brinquedos tradicionais por brinquedos tecnológicos. A elevada exposição a novas tecnologias limita o desenvolvimento psicomotor das crianças e é altamente aditiva.
Até aos 6 meses
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Converse com o seu bebé para que este reconheça a sua voz. Responda quando ele palrar.
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Experimente diferentes expressões faciais e gestos para que o bebé possa imitar.
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Coloque o seu bebé em diferentes posições para ele ver o que o rodeia e para que estimule/desenvolva os diferentes músculos.
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Opte por brinquedos macios, coloridos, com sons e movimento que estimulam a atenção e audição e que sejam seguros para o bebé colocar na boca – Ex. Rocas, bolas e guizos.
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Dos 7 aos 12 meses
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Use um espelho para mostrar rostos ao bebé – utilize espelhos de corpo inteiro.
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Assegure que existe um ambiente seguro para explorar. Por exemplo: proteja escadas, janelas e tomadas.
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Jogue “Cu-Cu” com o bebé.
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Escolha brinquedos grandes fáceis de agarrar, empurrar e puxar – estimulam a motricidade. Ex. brinquedos de pop-up ou de encaixe. Crie os seu próprios brinquedos de encaixe com materiais seguros do dia a dia.
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Nesta idade as crianças levam a maioria dos brinquedos à boca pelo que os brinquedos devem ser adequados à sua faixa etária, sem peças pequenas.
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Dos 12 meses aos 3 anos
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Por volta dos 12 meses começam a dar os primeiros passos. Interagem com outras crianças e com os adultos.
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Opte por brinquedos de empurrar/puxar e de montar estimulam a curiosidade, a motricidade e a relação causa/efeito.
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Perto dos 2 anos os movimentos dos dedos das mãos são mais precisos, assim as crianças são capazes de pegar em lápis. Ofereça canetas, marcadores, lápis de cor e papel para praticar os rabiscos e estimular a criatividade. Coloque as “pequenas obras de arte” em lugar de destaque.
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Ajude a explorar seu corpo através de movimentos diferentes (por exemplo, caminhar, saltar, chutar, andar de triciclo).
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Ofereça réplicas dos objetos do dia-a-dia pois nesta fase as crianças querem imitar os adultos.
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Disponibilize objeto do dia a dia com diferentes texturas tais como esponjas, escovas macias para que os mais pequenos contactem e explorem diferentes texturas.
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Ofereça legos e puzzles pequenos que estimulam a memória visual e a motricidade fina.
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Dos 4 aos 6 anos
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Nesta fase os mais pequenos adoram mostrar as suas habilidades e ficam enternecidos com os elogios recebidos, no entanto a sua capacidade de concentração ainda é pequena pelo que se cansam rapidamente das atividades.
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Estimule as crianças a cantar e dançar. Construa maracas com garrafas de plástico e feijão/massas criando diferentes sons e participe na brincadeira.
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Leia histórias um pouco mais complexas e deixe que a criança crie as suas próprias histórias. Questione os mais pequenos sobre as mesmas. Os momentos de leitura são momentos únicos de ternura entre os pais e as crianças. Os livros infantis vão estimular o gosto pela leitura.
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Dê tempo e espaço para brincar ao faz de conta, para que os mais pequenos possam dar asas à imaginação.
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Nesta fase as crianças descobrem o interesse de brincar com o outro. Gostam de jogos coletivos e já tem uma grande coordenação entre movimentos finos e grosseiros. Programe tempo para que brinquem em grupo, dando preferências às brincadeiras ao ar livre. Ajuda a socializar, construir amizades, a explorar
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e respeitar a natureza. Estimule a coletar pequenos elementos da natureza para fazer o seu próprio museu natural.
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Jogos de tabuleiro simples (ex. baralho de cartas e dominó) ajudam as crianças a ouvir, cumprir regras e brincar em conjunto. Aprendem a dualidade ganhar e perder adquirindo de forma natural a capacidade de lidar com a derrota/frustração. Construa os seus próprios jogos de pares com cartões com imagens/desenhos iguais. Coloque diferentes objetos em sacos para que tentem adivinhar pelo tato/olfato do que se trata.
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Os puzzles continuam a ser importantes nesta etapa do crescimento, podem ser um pouco mais complexos. Estimulam a concentração, relação olho-mão e capacidade de resolver problemas.
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Cuidados gerais: Faça periodicamente uma revisão aos brinquedos dos mais pequenos. Evite brinquedos com peças pequenas e bordos afiados devido ao risco de engasgamento e asfixia. As pilhas devem estar em compartimentos devidamente encerrados. Verifique se as tintas e plásticos dos brinquedos não descamam.
Joana Soares Interna de Pediatria e Filipa Miranda Pediatra na Unidade de Neonatologia